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Fantasias demais

Naquela manhã os pais levaram seus filhos até a escola!
Os acompanharam por segurança, para terem certeza que chegariam bem e notificarem se estava tudo bem.
Não sabiam o que iam encontrar, o que iam ver, o que iam sentir.
Acreditar em uma verdade que, em minutos, se transforma em medo.
Falar de cidadania, orientar nossas crianças para o mundo, colocar esperança em seus corações.
Onde fazemos isso?
Lá, onde levamos nossa crianças todos os dias e voltamos para pegá-las.
Lá, onde mostramos aos nossos filhos o significado da vida.
Lá, onde vivenciamos o aconchego, o amor, o carinho.
Lá, onde nos distanciamos da solidão e do individualismo.
Lá, onde queremos que elas estejam e sejam felizes.
Nos indagamos da origem de nossos gênios e demônios, mas os criamos.
De onde surge tal covardia, loucura e tamanha violência?
Nos encerramos e esquecemos da realidade, de viver esta realidade e de compreendê-la.
Jogamos nossa esperança e dignidade ao vento: esperamos que os outros façam tudo.
E nós? O que fizemos e fazemos?
Teorias não afastam nosso medo, nossa angústia, nossos traumas, nossas tristezas, nossa revolta.

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